Saltar para menu de navegação principal Saltar para conteúdo principal Saltar para rodapé do site

Dossiê Temático: Da diversidade da dança teatral em Portugal

Vol. 2 N.º 2 (2024): Revista Estud(i)os de Dança 4

A diferença que faz a diferença – os discursos corporais de Diana Niepce e Mickaella Dantas

DOI
https://doi.org/10.53072/RED202402/00208

Resumo

O corpo bailarino e profissional com deficiência é um dos agentes que assegura a diversidade na dança em Portugal. O discurso teórico sobre dança e deficiência tem dado nota da força política dos corpos e das obras que abordam a diferença pela deficiência física ou intelectual, destacando o seu papel em desmontar uma construção cultural que estigmatiza as pessoas na sociedade. Contudo, na dança teatral o corpo convencional é construído sob ideais de perfeição que refletem um poder hegemónico nas artes e nas classes privilegiadas, que se tem revelado preconceituoso e exclusivo. Recorrendo a diversos trabalhos de referência nos estudos da performance, que se debruçam sobre práticas teatrais e, em particular, da dança, procura-se neste texto um encontro afetivo e, também, analítico com as bailarinas Mickaella Dantas e Diana Niepce. Por um lado, desejo dar a ver a qualidade da sua performance e dos seus discursos, onde a deficiência é superada sem ser neutralizada ou “espetacularizada”, procurando perceber o seu contributo para as linguagens, os processos e as temáticas da dança contemporânea. Por outro lado, pretendo enquadrar as suas práticas coreográficas no discurso académico sobre performance e deficiência. 

Referências

  1. Acesso Cultura. (2024). Prémio Acesso Cultura – Mickaella Dantas https://acessocultura.org/servicos/premio-acesso-cultura/
  2. Adshead-Lansdale, J. (1994). Dance Analysis in Performance. Dance Research: The Journal of the Society for Dance Research, 12(2), 15–20. https://doi.org/10.2307/1290988
  3. Adshead-Lansdale, J. (Ed.). (2008). Decentring dancing texts: The challenge of interpreting dances. Palgrave Macmillan.
  4. Albright, A. C. (1997). Choreographing difference: The body and identity in contemporary dance. Wesleyan University Press.
  5. ANIEPCE. (2024). O outro lado da dança. https://aniepce.com/o-outro-lado-da-dança
  6. Carroll, N. (2008). On criticism. Taylor & Francis.
  7. Cóias, I. (2024). Era assim a Mickaella. Acesso Cultura. https://acessocultura.org/era-assim-a-mickaella-por-ines-coias/
  8. Companhia Clara Andermatt. (2020, dezembro 9). A Educação da Desordem - projeto em mutação (2018) – teaser [Video]. Canal Vimeo. https://vimeo.com/488956017
  9. Companhia Clara Andermatt. (2024). A Educação da Desordem (projeto em mutação). https://www.ccandermatt.com/pt/creations/a-educacao-da-desordem-projeto-em-mutacao
  10. Dançando com a Diferença. (2024a). Quem Somos?. https://danca-inclusiva.com/associacao/quem-somos
  11. Dançando com a Diferença. (2024b). História. https://danca-inclusiva.com/associacao/historia
  12. Dantas, M. (2021). Composing a physicality: How dance shaped this artist’s relationship to her prosthesis, opening up a new range of movement. Dance Magazine, 95(5), 38–43. https://www.dancemagazine.com/dancing-with-a-prosthesis/
  13. Foster, S. L. (2011). Choreographing Empathy: Kinesthesia in Performance. Routledge. https://doi.org/10.4324/9780203840702
  14. Hall, J. M. (2018). Philosophy of dance and disability. Philosophy Compass, 13(12), 1-10. https://doi.org/10.1111/phc3.12551
  15. Kuppers, P. (2001). Deconstructing images: Performing disability. Contemporary Theatre Review, 11(3–4), 25–40. https://doi.org/10.1080/10486800108568636
  16. Kuppers, P. (2003). Disability and contemporary performance: Bodies on edge. Routledge. https://doi.org/10.4324/9781315016214
  17. Louppe, L. (2012). Poética da dança contemporânea (R. Costa, Trans.). Orfeu Negro.
  18. Niepce, D. (2020). Experimentar o corpo. Coreia, 3. https://www.coreia.pt/
  19. Niepce, D. (2021). Anda, Diana. Teatro Praga / Sistema Solar.
  20. Julidans. (2023, maio 3). Diana Niepce - The Other Side of Dance [Video]. Canal Vimeo. https://vimeo.com/823288055
  21. Owen, S. (2005). Shifting Apollo’s frame: Challenging the body aesthetic in theater dance. In C. Sandahl & P. Auslander (Eds.), Bodies in Commotion: Disability and Performance (pp. 73–85). University of Michigan Press. http://www.jstor.org/stable/10.3998/mpub.92455.11
  22. Sandahl, C., & Auslander, P. (2005). Bodies in commotion: Disability and performance. Ann Arbor: University of Michigan Press. https://doi.org/10.3998/mpub.92455
  23. Santos, E. (1997). Arquipélagos—Uma viagem pelo trabalho de João Fiadeiro. In M. J. Fazenda (Ed.), Movimentos presentes—Aspectos da dança independente em Portugal (pp. 41–46). Livros Cotovia / Danças na Cidade.
  24. Siegel, M. B. (2010). Bridging the critical distance. In A. Carter & J. O’Shea (Eds.), The Routledge dance studies reader (2nd ed, pp. 188–196). Routledge.
  25. Varanda, P. (2020). 70 Críticas de dança. Caleidoscópio.
  26. Whatley, S. (2007). Dance and disability: The dancer, the viewer and the presumption of difference. Research in Dance Education, 8(1), 5–25. https://doi.org/10.1080/14647890701272639