
Este relato de experiência documental aborda a relação corpo-espaço e a vivência da casa durante a pandemia da COVID-19, explorando a interdisciplinaridade entre as áreas da dança e da arquitetura. O texto fundamenta-se nos conceitos de corporeidade e espacialidade, destacando a videodança como exemplo artístico de adaptação emergencial nos espaços residenciais em tempos de coronavírus. A instalação cênica interativa Planta Baixa foi a inspiração para ações educativas, online e presenciais, desenvolvidas com estudantes do ensino médio/secundário. Intitulada Residência Artística Planta Baixa na Nuvem, esta iniciativa promoveu reflexões sobre a adaptação, a memória afetiva e a multifuncionalidade do espaço doméstico. Com o objetivo de explicitar tal realidade, a discussão apoia-se na experiência de estágio de um dos integrantes do Núcleo de Estudos e Práticas Artístico-Corporais do Curso de Graduação em Dança da Universidade Federal de Viçosa, no Brasil. As abordagens presentes neste relato salientaram o potencial interdisciplinar para a percepção crítica do espaço pós-pandemia, ao colocar em foco as experiências dos participantes nas suas adaptações ao ambiente construído da casa.