Saltar para menu de navegação principal Saltar para conteúdo principal Saltar para rodapé do site
##common.pageHeaderLogo.altText##

Dossiê temático: A educação somática e a consciência corporal num mundo digital

Vol. 2 N.º 1 (2024): Revista Estud(i)os de Dança 3

O ensino da técnica da dança clássica sensível, singular e perceptível a partir da experiência com o método GYROKINESIS®

DOI
https://doi.org/10.53072/RED202401/00203

Resumo

O cenário educacional, nos últimos anos, apresentou, de modo relevante, a discussão acerca das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação — TDIC na educação com finalidade didática e metodológica, fazendo emergir a concepção de educação digital. É pertinente destacar que durante a pandemia da Covid-19, e com a suspensão das atividades presenciais, houve a necessidade de adaptação das metodologias de ensino presencial para o ensino totalmente digital ou híbrido, além da utilização de plataformas virtuais como ambiente para o desenvolvimento de diversas atividades. Nesse contexto, a formação do bailarino e de outros profissionais da dança foi uma das principais discussões entre professores e gestores de escolas e universidades, principalmente no que se refere a manter uma boa qualidade no ensino digital, sem prejudicar a instrução prática, laboratorial e cênica, necessárias para a formação e o exercício profissional. Assim, o objetivo deste artigo é verificar os contributos da Educação Somática para o ensino da dança sensível, singular e perceptível aos estudantes do Curso Técnico de Dança Clássica da Escola de Teatro e Dança da UFPA, a partir do desenvolvimento da disciplina Técnica de Dança Clássica IV; concomitantemente, descrever a influência da educação digital na formação dos discentes, bem como dos profissionais de dança. Após a coleta dos dados e análise de conteúdo, o estudo revelou a importância de desenvolver o ensino da técnica da dança clássica sensível, singular e perceptível a partir da experiência com o método Gyrokinesis, e que as aulas presenciais foram fundamentais para a escuta do próprio corpo dos participantes da pesquisa, além de terem trazido contribuições individuais e coletivas, e também novos olhares e aprendizados por meio da prática do movimento presencial.

Referências

  1. Andrade, S. S., Cardoso, A. C. F., Rosário, R. L., Jastes, E. R. M., & Amaral, J. A. D. (2013). Projeto Político Pedagógico do Curso Técnico de Dança Clássica. Universidade Federal do Pará. Instituto de Ciências da Arte. Escola de Teatro e Dança da UFPA - Brasil).
  2. Baldi, N. (2014). O que há do lado de lá: Cartas de um dueto da educação somática com o balé clássico. [Mestrado em Artes Cênicas, Universidade Federal da Bahia]. Repositório da Universidade Federal da Bahia. https://repositorio.ufba.br/handle/ri/16835
  3. Bardin, L. (2015). Análise de conteúdo. Edições 70.
  4. Bolsanello, D. P. (2005). Educação somática o corpo enquanto experiência. Motriz: Revista de Educação Física, 11(2), 99-106.
  5. Bolsanello, D. P. (2010). Afinal, o que é educação somática? In D. P. Bolsanello (Org.), Em pleno corpo (pp. 18-31). Juruá Editora.
  6. Conselho Superior de Ensino Pesquisa e Extensão (CONSEPE). (2020). Resolução n.º. 5.294, de 21 de agosto de 2020. Universidade Federal do Pará. https://sege.ufpa.br/boletim_interno/downloads/resolucoes/consepe/2020/Resolucao_5294_2020_CONSEPE.pdf
  7. Damásio, A. (2011). E o cérebro criou o Homem. Companhia das Letras.
  8. Dias, É., & Pinto, F. (2020). A Educação e a Covid-19. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, 28(108), 545-554. https://doi.org/10.1590/S0104-40362019002801080001
  9. Domenici, E. (2010). O encontro entre dança e educação somática como uma interface de questionamento epistemológico sobre as teorias do corpo. Pro-Posições, 21(2), 69-85.
  10. Júnior, J. R., & Oliveira, M. R. (2016). Educação Física escolar e tecnologias digitais de informação e comunicação na Base Nacional Curricular Comum. Como é que conecta!!? Motrivivência, 28(48), 150–167. https://doi.org/10.5007/2175-8042.2016v28n48p150
  11. Fortin, S. (2011). Nem do lado direito, nem do lado avesso: O artista e suas modalidades de experiência de si e do mundo. In C. Wosniak, & N. Marinho (Orgs.), O avesso do avesso do corpo: Educação somática como práxis (pp. 25-44). Nova Letra.
  12. Gomes, D. M., Mejía, J. V. C., Vitorino, P. G. da S., Ribeiro, D. V., Hernandes, L. de O., Lima, T. O. de P., Chã, N. V., Flauzino, V. H. de P., Cusato, T. V., & Cesário, J. M. dos S. (2021). Digital education in the training of health professionals. Research, Society and Development, 10(8), e4110816885. https://doi.org/10.33448/rsd-v10i8.16885
  13. Guerra, I. (2006). Pesquisa qualitativa e análise de conteúdo-sentido e formas de uso. Princípia Editora.
  14. Gyrotonic. (2016, novembro 23). The Gyrotonic® and Gyrokinesis® Methods. https://www.gyrotonic.com
  15. Hanna, T. (2023). What is somatics? Somatic Systems Institute. https://somatics.org/library/htl-wis1. (Reprinted from Somatics: Magazine - Journal of the Bodily Arts and Sciences, 1986, 5(4), 4-8.)
  16. Herculano-Houzel, S. (2002). O cérebro nosso de cada dia: Descobertas da neurociência sobre a vida cotidiana. Vieira & Lent.
  17. Horvath, J. (2008). Gyrokinesis® Level I Foundation Teacher Training Course. In R. Renha (Ed.) GYROKINESIS® Level 1 Foundation Course (pp. 2-17). Gyrotonic Brasil.
  18. Imbassaí, M. H. (2003). Conscientização corporal: Sensibilidade e consciência no mundo. In J. Calazans, J. Castilho, & S. Gomes (Eds.), Dança e educação em movimento (pp. 47-57). Cortez.
  19. Lawson, J. (1988). Ballet class: Principles and practice. A&C Blacks Theatre Arts Book.
  20. Mitre, S. M., Siqueira-Batista, R., Girardi-de-Mendonça, J. M., Morais-Pinto, N. M., Meirelles, C. A. B, Pinto-Porto, C., Moreira, T., & Hoffmann, L. M. A. (2008). Metodologias ativas de ensino-aprendizagem na formação profissional em saúde: Debates atuais. Revista Ciência &. Saúde Coletiva, 13, 2133-2144. https://doi.org/10.1590/S1413-81232008000900018
  21. Moraes, R. (1999). Análise de conteúdo. Revista Educação, 22(37), 7-32.
  22. Piret, S., & Béziers, M. M. (1992). A coordenação motora: aspecto mecânico da organização psicomotora do homem. Summus Editorial.
  23. Prodanov, C. C., & Freitas, E. C. (2013). Metodologia do trabalho científico: Métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico (2nd Ed.). Universidade FEEVALE. http://www.feevale.br/Comum/midias/8807f05a-14d0-4d5b-b1ad-1538f3aef538/Ebook%20Metodologia%20do%20Trabalho%20Cientifico.pdf
  24. Renha, R. (2010). O método Gyrotonic®: The art of exercising and beyond® In D. Bolsanello (Org.), Em pleno corpo (pp. 342-350). Juruá Editora.
  25. Rosário, R. L. (2013). Conexões em movimento: O ensino da técnica do ballet a partir dos princípios do método Gyrokinesis®. [Mestrado em Artes, Universidade Federal do Pará]. Repositório da Universidade Federal do Pará. https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/7936
  26. Rosário, R. L. (2018). Movimentos Entrelaçados: As contribuições do método Gyrokinesis® para a execução dos movimentos de dança clássica no processo de ensino e aprendizagem de estudantes do Curso Técnico em Dança Clássica da Escola de Teatro e Dança da Universidade Federal do Pará – Brasil. [Tese de Doutoramento em Artes, Artes Performativas e da Imagem em Movimento, Universidade de Lisboa]. Repositório da Universidade de Lisboa. https://repositorio.ul.pt/handle/10451/35094
  27. Santaella, L. (2003). Culturas e artes do pós-humano: Da cultura das mídias à cibercultura. Paulus.
  28. Souza, B. (2013). Corpo em dança: O papel da educação somática na formação de bailarinos e professores. [Mestrado em Dança, Universidade Federal da Bahia]. Repositório da Universidade Federal da Bahia. https://repositorio.ufba.br/handle/ri/8695
  29. Universidade Federal do Pará. (2022). Portaria n.º 290/2022. https://www.sipro.progep.ufpa.br/consulta.jsf?portariaNum=290&&portariaAno=2022
  30. Vianna, K. (2005). A dança (4ª ed.). Siciliana.
  31. Wosniak, C., & Motta, E. (2020). Reflexões sobre a dança e a educação a distância: uma perspectiva inclusiva na cultura digital. Revista Educação, Artes e Inclusão, 16(2), 142–167. https://doi.org/10.5965/1984317815022019142
  32. Xarez, L. (2012). Treino em dança: Questões pouco frequentes. Edições FMH.