Este artigo tem como objetivo apresentar os parâmetros epistemológicos que constituem a Eutonia, destacando especialmente o respeito pela pessoa humana, e também salientar a centralidade do conceito teórico-prático do contato consciente, em torno do qual os procedimentos técnicos vão, por necessidade, se estabelecendo. Para tanto, alguns dados históricos, relativos à 2ª Guerra Mundial, às reformas pedagógicas ocorridas no início do século XX e à trajetória de Gerda Alexander nesses contextos, serão apresentados de forma a refletir sobre as conexões entre pesquisa e ambiente, ao longo do tempo. Também serão abordados os conceitos de alteridade e empatia para proporcionar um entendimento de alguns princípios fundantes da prática pedagógica, afirmando a importância da flexibilização do tónus muscular para este método. Mas, sobretudo, pretendemos dissolver o equívoco de atribuir a criação da Eutonia unicamente à questão do adoecimento de Gerda Alexander.